Quando o antigo papa
renunciou, a imprensa se ocupou em noticiar os diferentes rumores sobre suas
razões. Semanas se passaram e as notícias mudaram para quando seria e o que é o
conclave, quais os detalhes sobre sua preparação, o que é a fumaça preta, a
branca... Numa troca de e-mails com um amigo eu “disse”: Quem se importa em
quem vai ser o novo papa? Por que eu disse isso? Não tive a intenção de
diminuir a figura nem sua importância, o sentido foi: Que diferença faz se
todos parecem ser iguais?
Vejo os outros mais
como líderes políticos do que religiosos, não só por serem chefes de estado do
Vaticano, mas por gerenciar as questões políticas da Igreja.
Hoje me sinto
estúpida. O papa Francisco é diferente. Faz parecer que uma única pessoa pode
fazer muita diferença no mundo. Ele é tudo que um líder religioso deve ser.
Simples, humilde, generoso, despido de preconceitos, sábio.
Na Jornada Mundial da
Juventude não excluiu ninguém, fez questão de falar com diferentes grupos passando
mensagens de luta, esperança e amor a todos nós. Entrou em contato com mais e
mais pessoas, todas quantas lhe foi possível. Além disso, se informou sobre
nosso país e fez discursos introduzindo nossas expressões e cultura para passar
mensagens realmente importantes de forma simples e simpática, denotando muito
carisma. Aos políticos transmitiu, não só com palavras, mas com atitudes, como
um líder é importante para seu povo, pois ele tem o poder de mudar o futuro de
muitas vidas e por isso deve dar o exemplo. Disse que política é o maior
trabalho de caridade do mundo, coisa que nunca tinha passado em minha cabeça.
Também falou sobre os problemas da Igreja, que entende a falta de fé das
pessoas na instituição quando existem ministros do evangélico dando exemplos
ruins, revelando que não é hipócrita. A atitude perante o povo, o carro aberto,
a janela do carro aberta independente do frio, do engarrafamento, da chuva, a
importância que deu aos presentes recebidos, a questão que fez em tocar as
pessoas, em dar a benção, as várias quebras de protocolo com o único objetivo
de estar mais perto da multidão, o respeito que demonstrou em todos os momentos
a todos, faz dele muito especial.
Eu acredito que Jesus foi um homem muito grandioso, que pregava
o amor acima de tudo, que via todas as pessoas como iguais, então eu nunca
entendi direito como a Igreja fala em nome dele se ela faz exatamente o
contrário, mas o novo papa segue os ensinamentos e ele é o que ele prega. Prega
por solidariedade, humildade, generosidade e ele é tudo que diz. Todos nós
somos o resultado de nossas vidas e experiências e assim é Francisco, o
resultado de uma vida fazendo o bem, se importando com os outros, mudando
realidades, ajudando pessoas, transformando vidas, por esse motivo, tanto nos discursos quanto nas entrevistas, ele não
cometeu nenhum “erro”, não faltou com respeito ou com a razão. Respondeu as
perguntas com conhecimento de causa, como alguém que conhece a vida de perto,
assim como as pessoas e seus problemas que se repetem em qualquer lugar do
mundo. Se saiu bem mesmo quando as perguntas eram difíceis como o momento
político que estamos vivendo, a migração dos fies a outras religiões e o homossexualismo.
Escolhe-lo foi uma das melhores decisões (tanto políticas
quanto religiosas) da história da Igreja. Politicamente foi um acerto e tanto. Digo
isso porque acho que ele pode trazer as pessoas de volta ao catolicismo e que
pode levar a religião àquelas pessoas que a Igreja, até então, deixa de lado.
Ele acredita que tem espaço para todos na Igreja e que a religião é para todos
e por isso pediu aos padres para saírem das igrejas e entrarem nas comunidades
para que possam ajudar as pessoas. Espero que seja atendido.
Nos dias em que esteve aqui, em todos os momentos, disseminou
amor, bondade, fraternidade, solidariedade. Enfim, amor ao papa Francisco.