Parece que o Brasil tem mesmo muito que aprender quando o
assunto é cinema.
Getúlio Vargas teve uma das mais interessantes trajetórias políticas
do país. Foi líder da Revolução de 30, depôs Washington Luís, comandou em dois
mandatos, tendo sido o primeiro por 15 anos ininterruptos. Foi ditador e num
segundo momento foi eleito pelo povo, ou seja, por voto direto (mesmo depois de
ter sido ditador!!!), criou as leis trabalhistas brasileiras... Por muitos é
considerado o presidente mais importante da história do Brasil. Merecia uma
trilogia, mas como é brasileiro, ganhou um filme que se limita aos seus últimos
19 dias.
Poderia ser interessante, no entanto, não é.
João Jardim baseou o filme exclusivamente na atuação de Tony
Ramos, que está ótimo, porém merecia um roteiro melhor. Optou por ângulos errados
e colocou o Palácio do Catete quase que como um personagem do filme ao invés de
ser somente o pano de fundo. Inclusive a sensação é que se encantou tanto com o
prédio que procurou ângulos que o valorizasse, o que de fato não é necessário. Não
se aprofundou na história, nos outros personagens, nos interrogatórios, nas
investigações...
Faltou um pouco de tudo. :(
PS: O Palácio do Catete é realmente lindo e vale a visita
pelo prédio e pelo jardim.
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