Talvez a intenção tenha sido boa, mas querer que o
romantismo da ocupação pacífica dê certo numa cidade como o Rio de Janeiro é
ingenuidade. Ou não. Ou apenas é mais uma forma de dar um jeitinho, ludibriar a
população e mostrar serviço ao Comitê Olímpico.
O resultado é que uma das cidades mais violentas do mundo
continua sendo uma das cidades mais violentas do mundo, com traficantes atuando
exatamente como antes, inclusive fechando o comércio e queimando ônibus em
retaliação a ação policial.
Invasão anunciada chega a ser piada. Com isso, os criminosos
e o crime se deslocaram, se espalharam, se reinventaram.
Sem reforma no código penal, no sistema carcerário, no Estatuto
da Criança e do Adolescente, sem leis eficazes e sem o cumprimento das mesmas, não
adianta nem mesmo prender, porque, sabemos, será por pouquíssimo tempo.
Há muito esse país, o estado e a cidade do Rio são
administrados por pessoas que não se importam em resolver o problema que é a
falta de segurança pública. Decisões favoráveis ao crime como a de retirar o
bloqueador de celulares dos presídios ou não diminuir a maior idade para jovens
criminosos, são simplesmente inexplicáveis, mas acontecem com frequência.
Enquanto o “mistério” por trás destas decisões persistir, é perda de tempo
sonhar com um país melhor.
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