domingo, 28 de abril de 2013

Invasão a Casa Branca

Fui assistir ao filme com boas expectativas, pois tinha ouvido alguns comentários positivos a respeito. No entanto achei o filme falho por tantos motivos que cheguei a achar graça.

A princípio fiquei pensando em como tantos Norte-Coreanos conseguiram entrar num país onde, há alguns poucos anos, nós brasileiros, povo pacato sem história de guerra ou terrorismo, sofríamos para conseguir um visto.  Ainda mais numa época de terror e guerra iminente. Depois, mostraram um pentágono lento em tomadas de decisões e os agentes que fazem a proteção da Casa Branca despreparados e perdidos. Fora isso, teve a cena onde a Secretária de Segurança enfrenta os terroristas mesmo sendo espancada e ameaçada de morte. Numa cena super clichê, ela só revela um tal código perante a ordem de seu presidente. Tudo bem, sabemos que os americanos são patriotas ao extremo, coisa difícil para nós entendermos porque somos o oposto, mas a cena foi muito exagerada. Ao final, a patética decisão do pentágono de salvar o presidente dos EUA em detrimento de toda a Coreia do Sul. Sim, americanos devem se preocupar, proteger e salvar americanos, mas colocar um grande “dane-se o mundo” num filme é feio. Isso sem falar no clichê maior de um único homem derrotar todo o exército inimigo. Criatividade zero.

Não recomendado para menores de 12 anos, nem para maiores.

sábado, 27 de abril de 2013

O Arroz de Palma - Francisco Azevedo


O livro traz a estória de uma família de imigrantes portugueses, dos pais aos filhos que viram pais. Passeia pelos casais, tios, sogro e sogra, netos, erros e acertos.

É tão sensível e bonito que chega a ser difícil de descrever. Para explicar a beleza do "Arroz" só transcrevendo trechos de Francisco Azevedo que me encheram os olhos d'água logo no primeiro capítulo:

“O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem.... Família é afinidade, é a Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.... Enfim receita de família não se copia, se inventa..... Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.”

Fatos inevitáveis da vida são contados de forma delicada e poética, mesmo aqueles difíceis de viver, de testemunhar ou de descrever como o envelhecer, que na maioria das vezes não é alcançado por quem ainda não chegou lá.

“Velho sente saudade de pai e mãe. Tudo faz tanto tempo! Velho quer colo, quer colher na boca vinda de aviãozinho, quer – banho tomado – que o ponham na cama, o aconcheguem com lençol limpo e travesseiro macio. Uma história conhecida, uma cantiga de ninar, um beijo de boa-noite. A porta do quarto um pouquinho aberta, com a luz do corredor acesa – o ponto de referencia é sempre bom. Velho sente falta da instancia superior. Quem o julgará com isenção e sabedoria? Quem, melhor que ele, saberá , imparcial, examinar o mérito da questão? Velho é criança de fôlego diferente. Já não lhe interessam as correrias nos jardins, o sobe e desce das gangorras, vaivém dos balanços. É tudo muito pouco. O que ele quer agora é desembestar no céu, soltar os bichos que colecionou a vida inteira. Os bichos todos – domésticos, selvagens, úteis e nocivos. Os pesados répteis que ainda guarda no coração e as borboletas, peixes e passarinhos, tudo solto lá em cima.”

O livro é daqueles que devem ser degustados e não devorados e assim fui lendo e relendo diversos trechos, aos poucos, saboreando as páginas, me deleitando com a magia do arroz.

Não se prive destas emoções. 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Maduro


Um pouco mais da metade dos venezuelanos votou Nicolás Maduro mesmo tendo ele como única plataforma política a repetição do nome de Chavez. Assim, a maioria dos venezuelanos, decidiu continuar um regime que os tolhe.

Em seus primeiros dias de governo o presidente eleito mostrou que o regime continua proibindo protestos e prendendo o adversário político Capriles.

A conturbada eleição nos mostrou, porém, que o país está dividido e que Maduro, por enquanto, não tem o mesmo peso de Chavez.

Enquanto isso, nós por aqui, sabendo do apoio de nosso governo aos chavistas, devíamos ficar com a barba de molho.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Yoani Sanchéz


Ao visitar o Brasil, Yoani me ganhou assim que chegou no aeroporto de Recife quando, elegantemente, respondeu aos intrigantes manifestantes: “algún día en mi país la gente se pudiera expresar públicamente así en contra de algo, sin represalias”.

Mais ainda quando assisti a sua entrevista no programa Roda Viva da TV Brasil onde respondeu a todos perguntas de vários jornalistas (alguns meio despreparados, diga-se de passagem) também com muita elegância e melhor com clareza.

A cubana é inteligente e, com muita coragem, é uma das raras pessoas a criticar o regime de dentro da Ilha.

Assim como milhares de pessoas, sigo o Generación Y e recomendo. A autora sempre liga situações as quais viveu com o contexto de sua causa. O blog é muito bem escrito, de muita sensibilidade e conteúdo. É traduzido para vários idiomas.

Passem por lá, vocês vão gostar.

domingo, 14 de abril de 2013

PEC 37


Além da vida sexual da Daniela Mercury, existe hoje no país a expectativa sobre a aprovação da PEC 37 que eliminaria o poder de investigação do Ministério Público.

A consequência disso seria uma ainda maior facilidade a crimes e desvios de verbas, com a certeza ainda maior da impunidade. Seria o mesmo que estar em uma cidade sem xerife.

Acorda Brasil.

sábado, 13 de abril de 2013

Do Posto 9 à Grumari


Saímos para uma prainha, mas ao chegar lá o tempo estava meio mais ou menos. Resolvemos caminhar, aproveitar a companhia, bater um papinho e assim fomos. Saímos do posto 9 no Recreio e seguimos conversando, rindo, brincando... 




Águas de coco, queimaduras de sol, risadas, bolhas nos pés (afinal estávamos de Havaianas), algumas capivaras e jacarés no caminho (amo), fotos do celular, aquelas lindas paisagens já conhecidas por todos... 




Chegamos à Prainha e lá ficamos.




Então, surgiu o projeto do posto 9 à Grumari, que foi realizado com calma no dia seguinte, parando para hidratar e saborear as paisagens num fim de tarde e de tênis, porque como diz meu irmão, tem coisas na vida que só vemos quando estamos à pé.



A Ditadura Do Povo Livre

Os parlamentares há muito têm a certeza de que o povo é idiota e nós somos. Somos um povo livre que aceita toda e qualquer maluquice proposta, votada e efetivada por eles. Nós os culpamos pelo descaso ao qual somos submetidos, mas somos todos culpados. Não há um manifesto, greve, passeata, revolta, nada, apenas o silêncio e a aceitação.

Por que será que somos tão apáticos? O certo é que nossa não atitude nos leva a mais bem implantada ditadura ao longo desses tantos anos de governo petista, melhor até que a democrática de Chavez, nós hoje vivemos livres em uma ditadura imposta por nós mesmos.
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