quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dia de São Cosme e São Damião

Hoje saí com a minha mãe para comprar docinho de Cosme e Damião. Lembrei-me da infância. Desde que me entendo por gente, damos doces no dia 27/09.

Quando era pequena distribuíamos os saquinhos na casa dos meus avós que ficava perto do Morro dos Macacos em Vila Isabel. Eles eram passados pela janela de um quarto que dava para rua e tinha grade. Tinha que ser assim porque as crianças avançavam. A imagem das crianças se pendurando na grade e implorando por um saquinho não me é boa recordação. Sei que algumas delas estavam se divertindo pegando o máximo que conseguiam e usavam bacias e sacos de mercado para ajudar a carregar tudo que conseguiam, mas tinham as que não conseguiam nada. Mesmo para uma criança era fácil de identificar os "espertinhos", aqueles que faziam de tudo para levar vantagem e eu não gostava desses. :) Para evitar injustiças, minha mãe, minha tia e minha avó, que eram as encarregadas da entrega, ficavam atentas. A parte triste era ver a carinha das crianças que ficavam sem doces e também a contradição de ver crianças alegres que iam a caça de saquinhos de farra e outras tão pobrezinhas que davam a impressão de que passariam uma semana se alimentando somente dos doces.

De qualquer forma hoje montamos nossos saquinhos. Eu gosto dessa parte porque fazemos todos juntos. A família toda participa e é um momento ótimo. Todo ano é assim, todos ajudam e a minha avó fica torcendo para sobrar doces para ela. E não é que sempre sobra!!!

Por esse "ritual" ser tradição na minha família, me fez acreditar que era igualmente tradição em todo Brasil, mas não, não acontece em todos os estados.

Enfim, o dia 27 de setembro está chegando e, como sempre, espero que tenha doces para todos.

domingo, 14 de setembro de 2008

ParaOlimpíadas

Tenho acompanhado algumas etapas das ParaOlimpíadas, o que dá por causa do horário e o que passa na TV, ou seja, pouco. É uma pena porque é fantástico ver nossos super-heróis competindo.
Fico muito feliz pelos nossos atletas que estão arrasando, muitas medalhas de ouro, e com direito a bater recorde.
Como eles conseguem verba? Ninguém ouve falar de campeonatos, de treinos, de estrutura. Se os atletas olímpicos não têm incentivo, os paraolímpicos têm muito menos. Como eles conseguem eu não sei, mas ainda bem que eles conseguem porque é lindo demais assistir ao espetáculo deles.
E que espetáculo!!!Dessa vez as medalhas são em várias modalidades: Natação, Atletismo, Bocha, Judô, Equitação e Remo, ufa! Que maravilha, pra ninguém botar defeito.
Nossos dourados atletas: Daniel Dias, André Brasil, Lucas Prado, Dirceu Pinto, Eliseu Santos e Antonio Tenório são exemplos de perseverança, raça, força, vontade, superação, garra e infinitos adjetivos.
Nossos atletas de prata e bronze também estão de parabéns, afinal todo o grupo levou o Brasil à um quadro de, até agora, 35 grandiosas medalhas, um recorde.
Eles também mostram que é de união que é feito o esporte. Eles se apóiam, se ajudam, torcem, choram e ganham juntos, ou seja, são exemplos do espírito esportivo mais puro.
E digo mais: se os americanos têm o Phelps, nós temos Daniel Dias.

domingo, 7 de setembro de 2008

País do Futebol

Parece que o Brasil vai de vento em popa. Não há mais desemprego, violência, desigualdade, fome, todos tem acesso à saúde e a educação, nossas florestas estão sendo preservadas, as leis estão sendo respeitadas, a polícia agindo impecavelmente e os políticos mais honestos do que nunca, só isso pode explicar o interesse do nosso Presidente pelo futebol brasileiro.
Sem ter nada mais grave com que se preocupar, ele tem dado palpites e, pelo que li nos jornais, até conversado com dirigentes a respeito do rumo que toma a seleção e o futebol brasileiro.
E o outro possível candidato à presidência, que não é bobo nem nada, não ficou atrás, aproveitou as inoportunas declarações de nosso presidente e já se meteu também.
Num país como o nosso, seria uma estupidez um presidente falar de futebol, ou seria um golpe de mestre?
Fico sem resposta visto que o futebol no Brasil, graças a tudo e a todos, tem uma importância gigante, muito além do que deveria ter, muito além do que é. Futebol deveria ser apenas futebol.
Misturar política com religião, como vem acontecendo no nosso país, apesar de ser uma involução, não é original, mas misturar política com futebol só mesmo no Brasil.
É o fim da picada.
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