Especial Rio - Fundação Casa de Rui Barbosa

O Baiano Rui Barbosa viveu na época de D. Pedro II e além. Era advogado, poeta, intelectual, escrevia em jornais, era abolicionista, federalista e defensor da liberdade religiosa.

Quando deputado, no Império, formulou projetos de eleição direta, educação pública, emancipação dos escravos (Lei dos Sexagenários), o Manisfesto dos Generais (questão militar) e quando Ministro, na República, redigiu os primeiros decretos.

A Fundação, que funciona na casa que foi dele, oferece espaço para a consulta de livros e documentos, Rui tinha 37.000 livros, além de oferecer bolsa na área de pesquisa e cursos.

A Casa, hoje museu, é aberta a visitação e conta com formas diferentes de atender ao público estimulando o interesse pela cultura.

Tirado do site da Fundação: ""Um domingo na Casa de Rui Barbosa" é uma série de eventos que acontece no primeiro domingo de cada mês voltado para os públicos infanto-juvenil e adulto. Por meio de uma linguagem lúdico-pedagógica, utilizando como instrumentos o teatro, a música e a contação de histórias, o projeto tem como objetivos o estímulo à leitura e a sensibilização das questões relativas a preservação do patrimônio. Conta, ainda com uma visita dramatizada ao museu."

Eu sou suspeita para falar porque, além de história, adoro arquitetura, palacetes, tetos, janelas e portas, então me divirto muito nas visitações, com direito a deitar no chão para fotografar o teto!

Para o meu deleite total, o local tem um jardim fofo demais, plantado pelo próprio Rui.

Amo!

Não deixe de ir e conhecer um pouco da nossa história.

Especial Rio - Teatro Municipal

A história do Teatro Municipal do Rio de Janeiro começa bem brasileira. A cidade, então, capital do Brasil, não tinha um teatro à altura de sua vida cultural, por isso Arthur Azevedo, um autor de peças teatrais, fez uma campanha para a construção do teatro. Com isso, uma lei foi feita e começou a arrecadação de um imposto para o fim. Para onde foi esse dinheiro ninguém sabe, mas sabe-se que ele nunca foi usado para a construção, e olha que essa estória ocorreu em 1894.

Em 1903, o prefeito Pereira Passos, deu continuidade a ideia e lançou um concurso para apresentação de projetos para a construção do Teatro. Em 1904, depois da análise de 7 projetos, ficaram empatados o "Áquila", do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, e o "Isadora", do arquiteto francês Albert Guilbert. Uma polemica começou na imprensa porque, adivinhem só, o engenheiro Oliveira Passos era filho do prefeito.

Ao final, resolveram por fazer uma fusão dos dois projetos e o resultado realmente é estonteante. As obras começaram em 1905. Foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli e mais artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos.

As obras levaram apenas quatro anos e meio, porque as peças eram encomendadas de catálogos e vinham prontas da Europa, ou seja, parte da obra foi o que chamaríamos hoje de "pré-fabricada". E ao dia 14 de Julho de 1909 o teatro foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha.

Até bailes de Carnaval já aconteceram por lá, mas em 1975 o Teatro foi tombado, Ufa, Graças à Deus! E Graças a iniciativa privada, foi feita uma linda restauração por 18 meses e o Teatro está tinindo. É realmente encantador, de tirar o folego e é logo ali, no Centro do Rio.

É possível fazer visitas guiadas e é muitíssimo válido. Acontecem de segunda a sexta às 11, 12 e 13hrs, porém é necessário chegar antes, pegar uma senha para garantir seu lugar no horário desejado. Se precisar fazer hora para a visita, um passeio no Museu de Belas Artes, na Biblioteca Nacional ou no Ministério da Justiça podem ser feitos, todos esses prédios estão quase ao lado.

Não perca!

Especial Rio - Parque Lage

O Rio de Janeiro talvez seja uma das cidades mais desperdiçadas do mundo. É lindo demais, com cantos incríveis e maravilhosos e toda vez que eu faço passeios culturais ou turísticos pela cidade fico estupefata e também decepcionada com tudo que vejo. 

Estupefata porque a natureza que nos cerca é fantástica, temos grandes construções, uma história riquíssima, jardins fantásticos dentro da área urbana, cantos de tirar o folego.













Por outro lado, muitos desses mesmo locais, são mal conservados, com construções caindo aos pedaços e área muito mal exploradas. O Parque Lage é um exemplo, com um jardim fabuloso, com o lindíssimo prédio da Escola de Artes Visuais, uma construção fantástica que, lamentavelmente, está em péssimas condições.

Não vou colocar fotos feias, porque não seria justo com a beleza do local, mas que chateia, chateia.

O Parque transmite a paz da natureza, e eu adoro passar um tempo preguiçoso lá dentro, andando sem rumo e caindo em algumas atrações como a gruta, a torre, o coreto, o aquário (que também poderia melhorar muito), as trilhas, a vista do Cristo Redentor.

O lugar é bonito a qualquer hora do dia, mas no fim da tarde é ainda mais especial.

No pátio interno da Escola de Artes Visuais funciona dois Cafés, o Café Du Lage e o D.R.I.

Eu gosto de ir tanto sozinha como acompanhada e sugiro que faça as duas experiencias. Não deixe de ir.

Especial Rio - Jardim Botânico do Rio

O Jardim Botânico é um dos meus lugares preferidos no Rio. Daqueles que mesmo sendo bem dentro do agito da cidade, é um lugar de paz e tranquilidade que parece que fica num canto remoto qualquer.

É ótimo para caminhadas, para colocar os pensamentos em ordem, relaxar, meditar, fotografar, além de ser excelente para levar a criançada, pois além de diversas atrações, como o Museu e o Orquidário, tem o parque das crianças, um espaço com brinquedos, banheiros e fraldário. 

Tirei este trecho da história do site do Jardim Botânico:

 "Aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais: foi com este objetivo que, em 13 de junho de 1808, foi criado o Jardim de Aclimação por D. João, Príncipe Regente na época, e mais tarde D. João VI.
Com a ameaça da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte em Portugal, a nobreza portuguesa mudou-se para o Brasil e instalou a sede do governo no Rio de Janeiro. Entre outros benefícios, a cidade ganhou uma Fábrica de Pólvora, construída no antigo Engenho de Cana de Açúcar de Rodrigo de Freitas.

Encantado com a exuberância da natureza do lugar, aí D. João instalou o Jardim, que em 11 de outubro do mesmo ano, passou a Real Horto. Por um erro histórico acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. Porém o Jardim Gabrielle era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram aqui vieram, na verdade, das ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a D. João¹. Entre elas, estava a Palma Mater.
Aberto à visitação pública após 1822, o Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth II do Reino Unido e muitos outros.

Vários naturalistas e administradores contribuíram para a trajetória do Jardim Botânico, como: Frei Leandro, Serpa Brandão, Cândido Baptista de Oliveira, Custódio Serrão, Karl Glasl, João Barbosa Rodrigues, Pacheco Leão, Campos Porto, João Geraldo Kuhlmann e o atual presidente Liszt Vieira."

 Lá funciona um charmoso Café, o La Biciclette, um bom ponto de encontro para os amigos.
Eu sou suspeita para falar, porque apesar de não tomar café puro, adoro uma cafeteria. :)









Vale a pena a visita, várias e várias vezes.