sábado, 20 de agosto de 2011

A Inevitável Dieta

Quem tem uma pane digestiva não tem muita opção, tem que encarar a dieta.

Assim eu iniciei a minha. O médico me proibiu cafeína, lactose, gordura, carne vermelha. Restringiu o frango e regrou a minha vida alimentar com duas normas básicas que não me eram desconhecidas, mas não seguia porque pensava que não faria tanta diferença e daria certo trabalho mudar meus hábitos. Seguinte:

- Não beber as refeições (pois dificulta a digestão)

- Comer pouco de 3 em 3 horas

Quem me conhece de perto sabe que apesar de magra eu sou um bebê ogro. Alem de bater pratos de peão, como todas aquelas porcarias que as crianças gostam: Danete, Ruffles, Bis, Waffer, amendoim, Pingo, Cheetos, Fandangos, enfim biscoito de todos os tipos, doces e chocolate.  Tudo isso me foi tirado do dia para a noite.

Confesso que na semana que estava com dores e enjôo, o dia todo em casa sem trabalhar e sem poder comer, fiquei alucinada, subindo pelas paredes, mas sobrevivi.

Sem carne vermelha, leite, queijo, iogurte, requeijão, café, mate, bolo, chocolate, prato inacreditavelmente cheio, biscoitos, ou seja, sem absolutamente nada que me fosse familiar, fui melhorando.

A dor passou, o enjôo e a tonteira também. Aos poucos fui liberada para voltar a comer normalmente, mas sem comer em demasia, evitar carne e produtos de origem animal porque meu colesterol está alto e diminuir muito os biscoitos e chocolate, afinal estou com 31 anos!

O que ficou:

- Troquei o mate cheio de cafeína por chás de todos os sabores
- Só bebo durante as refeições quando vou comer fora com amigos
- Não bato mais prato digno de ogros
- Diminuí muito a lactose (só como na forma de requeijão e Polenguinho light)
- Como pelo menos 1 fruta por dia
- Aprendi a comer mel praticamente todo dia
- Conheci algumas opções de biscoitos mais saudáveis (sem glúten, assados, sem colesterol, com algas...)

Com tudo o que passei foram embora 3kgs. Não estou tão entusiasmada porque emagrecer quando estamos mal e com dor é fácil, o problema será manter o peso agora que estou bem e liberada e mandar embora mais 1,5kg para atingir minha meta.

Será que vou conseguir?

sábado, 6 de agosto de 2011

Heath e Heather

Em 2007 fiz uma maravilhosa viagem com meu irmão. Já em um dos nossos últimos destinos, onde passamos 3 dias (um lugar meio estranho onde as pessoas nos coagiam o tempo todo, nos fazendo sentir um pouco acuados),  decidimos sair de trem onde passaríamos a noite. Então, levados por um motorista de taxi que, como diria meu irmão, acabou ficando nosso parceiro, chegamos a estação. Ao nos despedir de nosso novo e maluquinho amigo vimos um casal de turistas americanos entrando, a menina de cabeça baixa, sinalizando que eles também estavam intimidados.

Já na plataforma, tornamos a avistá-los, trocamos um sorriso e 5 segundos depois estávamos juntos batendo papo, felizes e aliviados de termos encontrado alguém na mesma situação que a gente.

Descobrimos que eles também eram irmãos. Nos entendemos logo de cara, quer dizer sendo eles de Louisiana, no sul dos EUA, ficou um pouco difícil de entender o sotaque, no entanto a conversa fluiu.

Embarcamos no mesmo trem e assim que colocamos as malas na cabine e nos organizamos, fomos parar na cabine deles, conversamos, trocamos e-mail e com a cumplicidade de viajantes viramos melhores amigos.

Heath e Heather são simpáticos, gentis e engraçados e junto deles tivemos momentos inesquecíveis. Passeamos por lugares inacreditáveis, rimos, brincamos e aquela mágica que acontece com turistas fez com que ficássemos íntimos em dois dias. 

Quatro anos se passaram e nós continuamos em contato via e-mail, Facebook e correio. Trocamos idéias, carinho, presentes e gentilezas. Não sei quando nem se nos encontraremos de novo, mas tenho nutrido essa amizade despretensiosa e a distância porque, de uma forma que nem sei explicar, ela me faz muito bem.
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