quinta-feira, 23 de abril de 2009

Duas Índias: a Luz e a Escuridão

tigre branco livro Acabei de ler Tigre Branco de Aravind Adiga. Li não, devorei. O romance de estréia do autor indiano é surpreendente e realista. É uma crítica tão bem empregada a sociedade indiana, que somente um indiano, que teve a oportunidade de sair da Índia para enxergá-la melhor, poderia ter escrito.
Eu chego a conclusão que a Índia é mais Brasil, ou seja, como todo país pobre, é corrupto, com um governo explorador, que usa da cultura e da pobreza e incentiva o analfabetismo e a ignorância para guiar o povo pela escravidão.
Vocês pensam que eles vão deixar 1bilhão de pessoas estudar, saber distinguir o que, realmente, é bom para o país, diferenciar as promessas possíveis das falsas promessas e se revoltar. Ha!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Coisas de Velho

Falando Sozinha
Desde que eu me entendo por gente eu falo sozinha. Falo mesmo. Não é só aquele lance de estar cheia de coisas na cabeça e pensar alto não, isso também, mas eu falo sobre tudo.
Faço altas terapias. Vou falando tudo que eu penso sobre diversas situações, às vezes fantasio, às vezes volto uma cena em que eu acho que deveria ter falado algo que não falei, resmungo, dou risada, lembro, projeto, tudo isso em voz alta, falando sem parar. Às vezes, até gesticulo!!!
Quem me vê dentro do carro indo pro trabalho deve dar boas risadas. Uma louca falando e gesticulando sozinha. Quando eu percebo que estão me observando finjo que estou cantando, dou umas batidinhas no volante, danço e tudo mais.
Meu irmão sempre que se aproxima do meu quarto acha que eu estou ao telefone, quando finalmente entra, eu acabo me assustando e ele constatando: É doida mesmo.

Barriga
Em toda roda de mulheres quando o assunto finalmente chega as gordurinhas, não é raro eu escutar: “Eu NUNCA tive barriga, mas de uns dois anos pra cá olha só” e é sempre uma mulher nos seus 50 e poucos com uma super mega barriga, querendo convencer a todas que aquilo apareceu em dois anos. Impossível. As pessoas têm como NUNCA a fase da adolescência e dos 20 e poucos, o resto elas esquecem. Às vezes a culpa é da menopausa, outras, dos filhos.
Bom, eu já digo logo que eu tenho barriga, sempre tive, até na adolescência em que eu era atleta e treinava todo dia. Meus filhos não levarão a culpa, nem meus hormônios.
Ela existe, eu não nego, hora está menor, hora está grande o suficiente para acharem que eu estou grávida (já aconteceu 2 vezes!)
Ela representa toda gordura que eu como, que não é pouca, e meus desvios posturais, que eu prometo que vou tratar.
Quando ela está comportada nós convivemos muito bem, quando ela está exagerada eu seguro a boca um pouquinho e logo ela está no ponto de novo, ou seja, mais ou menos 2 meses de gestação e não mais do que isso.

Memória
Quem me conhece sabe, eu não tenho memória.
Canso de alugar filme sem ter a mínima idéia que já assisti. No meio do filme eu acho que já o vi, mas não há santo que me faça lembrar o final.
O mesmo acontece com os livros, acabei de ler e já não lembro muito bem do início.
Quando tenho que me lembrar de alguma coisa importante, distribuo bilhetes pela casa, colo nas paredes, nas portas, inclusive na da geladeira, enfim decoro a casa com pedaços de papel.
Não lembro datas de aniversário, nem de namoro, não lembro de pagar o cara que lava meu carro, não lembro de escrever o compromisso na agenda, quando o faço, não lembro de ler, e às vezes nem lembro onde está a agenda.
Enfim, a minha memória, na verdade, é uma vaga lembrança.

Pelo menos, quando eu chegar na terceira idade, uma fase que deve ter mudanças suficientes, não vou ser pega por essas três novidades: a presença da barriga, a ausência da memória e o resmungar, pois esses itens já, há muito tempo, fazem parte da minha vida.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Páscoa

Devo confessar que eu não sou uma pessoa tão religiosa.
Quase não vou a missas, comungo uma vez ou outra, não vejo a igreja como uma salvação, porém rezo, às vezes acendo velas, sou devota de alguns santos e de vez em quando até faço promessas. Da onde se conclui que eu sou Brasileira.
Eu acho que o melhor da Páscoa é reunir as pessoas, rir, brincar, ter boa comida a mesa e muita harmonia. A casa fica cheia, cheia de gente que fica pra dormir, então é colchão no chão para todo lado e nada de cerimônia, o que me faz lembrar a casa de Marica.
A minha Páscoa vai ser assim, simples, agitada, engraçada, farta, feliz.
Desejo a todos FELIZ PÁSCOA.

PS: Só não vou poder comer chocolate, pois fiz uma promessa!
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