terça-feira, 16 de novembro de 2010

Comer Rezar Amar

Livro:
Em setembro do ano passado, depois de muito ouvir falar no assunto, comprei o livro de Elizabeth Gilbert.

Não o devorei. Fui lendo aos poucos até a parte da Índia quando o deixei meio de lado para, só depois de algum tempo, voltar e terminar.
Não achei a autora brilhante. Fiquei um pouco decepcionada com o livro. Esperava mais depois de todos os elogios que ouvi, no entanto, analisando mais cautelosamente consigo entender porque o livro atingiu a tantas pessoas no mundo todo.

Sem dúvida Liz é uma mulher corajosa. Não digo pela viagem de um ano, mas por ter exposto sua vida, seus dramas, seus medos, sua depressão, por ter confessado que pensou em suicídio. Contar vantagem é fácil, mas fraquezas e derrotas são difíceis, e o livro está ali para qualquer um ler.
Hoje, nós sabemos o resultado, ela é rica e famosa e pelo que parece (ainda não li o outro livro) feliz e equilibrada, mas foi um tiro no escuro. Poderia ter dado errado. E se as pessoas achassem tudo isso uma grnade chatice? Talvez ela pudesse estar ainda mais deprimida. Pela ousadia, ponto para ela.

Também reconheço o mérito em poder, numa hora de desespero, sair e frear a vida por um ano. Um ano inteiro de “dolce far niente”. Quem não gostaria de tirar férias por tanto tempo para tentar resolver as crises? Eu sou a primeira da lista com toda certeza, mas com quase a mesma idade dela não poderia. Essa fantasia de jogar tudo para o alto e sumir é outro ingrediente feliz do livro.

Para mim, coragem e mérito foram os segredos do sucesso de Elizabeth Gilbert.

Filme:

Já o filme foi um desastre total.

A começar pela escolha de Julia Roberts para o papel principal. A atriz deve ter uns vinte anos a mais que a autora (na época que é relatado o livro) e isso a deixou meio retardada. Uma mulher vivendo crises passadas, como aquelas mulheres de 60 anos que andam de mini-saia, ou seja, ficou fora de contexto. Além disso, ela não conseguiu passar toda a profundidade que exigia a personagem e nesta estória a superficialidade faz todo o drama parecer uma grande besteira, um capricho.

Não entendi a escolha por Javier Barden. Ele é excelente, charmoso, talvez um dos melhores atores de sua geração, mas ele é espanhol! Pelo menos podiam evitar que ele falasse português e em nome do Brasil. Já que filme é adaptação de um texto, não teria o menor problema fazer de Felipe um espanhol.

Para completar o casal não teve a menor química.

Porém o absurdo maior do mundo foi terem dito e ilustrado que é da nossa cultura, da cultura brasileira, pai e filho trocarem beijo selinho na boca, desculpem a redundância, mas é por incredulidade.

Portanto, desta vez, ZERO para Hollywood.

sábado, 6 de novembro de 2010

À Futura Presidente

Se eu fosse escrever uma carta para a futura presidente do Brasil seria assim:

Não, eu não votei na senhora.

Não voto no PT porque não concordo com política populista que tem por objetivo único empobrecer e imbecilizar uma nação deixando-a vulnerável e fácil de dominar.
Que são bem sucedidos na busca desse objetivo, disso tenho certeza, mas não posso nem vou compactuar.

Agora não me resta nada além de observar, rezar e até torcer para que o Brasil sobreviva. Espero que a senhora faça um bom governo para a nação. A nação que é composta de 200 milhões, não se esqueça.

Queria pedir que o meu dinheiro seja usado em um desenvolvimento real e não vá alimentar o conto de fadas do bolsa família, que é um dinheiro distribuído sem critério e sem finalidade. Nós sabemos que o bolsa família é apenas uma fábrica de votos em larga escala. Sugiro, por tanto, que meu dinheiro seja usado na educação.

Peço que fique de olhos bem abertos para que se, por ventura, um escândalo aparecer na capa dos jornais, a senhora não use aquele “eu não sabia”, já batido e nada original.

Por fim, desejo-lhe saúde, afinal ninguém merece o Michel Temer.
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