segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Gil e Stevie


Nunca assisti a show um do Gilberto Gil. Sabendo que ia acontecer dia 25, fiquei em casa com a TV ligada esperando ansiosa.

Valeu a pena. Acho que Gil nos presenteou com um show 100% brasileiro, apesar do inglês. Suas músicas contam a nossa história, o ritmo é nosso, tudo é muito familiar. Foi na medida certa, cantou o que nós queríamos ouvir, homenageou o Rio, Copacabana, Dona Canô, homenageou a todos nós. Foi lindo.

Sou fã de Stevie também, mas acho que seu estilo não é de grandes eventos. Fui assisti-lo no Rock in Rio que é uma maratona musical. Quem fica por último tem que entrar encantando a multidão porque todos já estão esgotados e preocupados com a saída tumultuada ao final do evento. Aconteceu que muitos foram embora porque o show começou morno. Claro que foi bom para quem ficou, no caso eu, mas cansativo para mim também. Em Copa foi a mesma coisa, sensação térmica de 50 graus durante o dia, as pessoas o dia inteiro na praia guardando seus lugares e Stevie começou morno, morno e falando inglês como se estivesse em casa. Acho que foram uns 20 minutos repetindo “wonderful”, talvez o total de quase uma hora repetindo tudo que ela mandava repetir. Cansa. Ainda mandou a multidão se calar duas vezes e atropelou o Gil algumas outras. Mesmo assim, foi obedecido e aplaudido o tempo todo.

Enfim, Stevie é Stevie, mas a nota 10 é para Gil e para multidão.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Bonifácio Bilhões


Passada nos anos 70, traz-nos a memória as particularidades do tempo e certo saudosismo. Fala com humor sobre honestidade e poder, fatores que estão sempre em pauta. José de Abreu, Márcia Cabrita e Tadeu Mello fluem com muita naturalidade e entrosamento. Os três tem o mesmo peso em cena, são grandes e a peça é boa e leve. Está no Teatro Vannucci no Shopping da Gávea.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Só Pra Te Mostrar


Herbert Vianna contou em uma entrevista que sua esposa Lucy em sua primeira gestação o perguntou quanto sua barriga iria separar o casal. O músico após pensar um bocado a acordou no meio da noite e mostrou a letra de Só Pra Te Mostrar que tinha acabado de compor em resposta a ela. Abaixo a letra que passou a me fazer chorar depois de saber da sua linda estória:


“Não quero nada
Que não venha de nós dois
Não creio em nada
Do que eu conheci antes de conhecer
Queria tanto te trazer aqui
Pra te mostrar, pra te mostrar por que
Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí.

Não vejo nada,
Mesmo quando acendo a luz
Não creio em nada
Mesmo que me provem certo como dois e dois
As plantas crescem em nosso jardim
Pra te mostrar, pra te mostrar por que
Não há nada que ponha tudo eu seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí
.”


Viva Herbert Vianna.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

150 Tons de Grey


A trilogia é horrível, mas certamente viciante. As personagens são totalmente surreais, protagonizam um romance bem clichê e situações para lá de fantasiosas, mas, mulher que sou, li os três e diria que não foi mal contada, mas mal escrita.
 
A autora é extremamente repetitiva e certas coisas irritam ao longo da estória, entre elas a Deusa interior e o subconsciente, a calça caída nos quadris, o cheiro Christian Grey, a mordida no lábio, a virada dos olhos e ela ficando vermelha a cada 5 minutos. Às vezes parece que ela morde o lábio, fica vermelha e vira os olhos ao que a calça dele cai DAQUELE jeito enquanto ele inclina a cabeça para o lado e franze o cenho tudo ao mesmo tempo!!!

A mesma criatividade que E. L. James transborda nas descrições sexuais, falta muito nas demais situações, por exemplo, ela cita o jantar no Heathman toda vez que descreve qualquer outro jantar que tenham feito, dá a mesma descrição (ambiente amplo, paredes brancas, moveis de madeira escura, quadros caros...) para todos os ambientes de posse de Mr. Grey, assim como o quarto dele é azul no apartamento de Seattle, na casa de Aspen, no jatinho e no barco, o que me leva a crer que o editor estava drogado ou de férias.

Enfim, muitos são os devaneios e acredite em mim, eu passei grande parte da leitura do primeiro livro tentando entender como que alguém de 27 anos teve tempo para montar um império com empresas em diversos ramos, aprender a pilotar um helicóptero, tocar piano, falar francês, lutar, ser submisso, aprender a ser dominante, velejar... E tudo com extrema perfeição. A conclusão que cheguei é que o livro não foi feito para que reflitamos sobre coisa alguma, mas para que simplesmente aceitemos os fatos como nos são mostrados e para, assim como seus personagens fazem inúmeras vezes, relaxarmos e gozarmos. :)

Os livros são bons? Não. Entretém? Sim. Valem a leitura? Talvez, se conseguir relevar a forma como é escrito. Sim, é um lixo literário, no entanto, eu li os três. Sabe novela? Você sabe que é ruim, se sente mal de estar vendo e pior gostando, mas não consegue largar. É exatamente isso.


domingo, 2 de dezembro de 2012

Clube da Lua



Há algum tempo tenho assistido filmes argentinos pelo fato de estar “perseguindo” Darín e hoje foi a vez de Clube da Lua.

A estória gira em torno do esforço de uma vizinhança para salvar um clube em decadência. É a guerra entre o modernismo e o conservadorismo, não só no âmbito econômico, mas na mudança de valores, onde o TER passa a valer mais que o SER.

A meu ver os filmes argentinos não se importam em ser plásticos, mas verdadeiros. Como os outros, é um lindo e fala sobre relacionamentos, amizade e amor de diversas formas. Com belos diálogos, algumas “lições”, momentos para rir e chorar.

Não foge a regra, é lento. Se você curte filmes argentinos não deixe este passar.
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