terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um Conto Chinês

O sorriso nos lábios começa já na irreverente primeira cena. Daí em diante se transforma em gargalhadas.

Ricardo Darín está maravilhoso como sempre e Ignacio Huang (Jun) não fica para trás. Juntos comandam essa comédia argentina de muitíssimo bom gosto.

O filme fala sobre uma lição que eu tanto gosto e que vive cercando a minha vida: Quando pensamos que estamos ajudando alguém, nos surpreendemos ao perceber que na verdade esse alguém é que nos socorre.

As personagens são sofridas, mas o filme é leve, engraçado, inteligente, sensacional.

Não percam.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Povinho

Eu costumo “perder tempo” discutindo sobre corrupção e política com amigos, no trabalho, em casa... Critico os políticos, xingo, fico roxa de raiva se alguém elogiar o Lula, por exemplo, e até rogo praga de vez em quando.


Outro dia estava papeando com um grupo de conhecidos no qual tinha duas médicas que trabalham em hospitais públicos. Fizemos um intervalo nas críticas ao governo para conversar sobre outros assuntos quando uma das médicas comentou que teve diabetes gestacional e como as tirinhas para medição de glicose são muito caras, ela “pegava” do hospital mesmo. Qual foi a minha surpresa quando a outra disse que “pegou” uma medicação injetável!


Na maior calma uma delas estava dizendo que os médicos que devem chegar ao hospital às sete da manha só aparecem lá pelas nove e meia e que como estavam sendo obrigados a dar mais plantões ela está pensando em inventar um doença psicológica e tirar licença médica que, segundo ela, é uma coisa muito fácil de fazer.

Eu fiquei pasma e, dia desses, reproduzi a conversa para uma senhora que estava sentada ao meu lado enquanto fazia a unha. Coincidentemente, esta senhora também trabalhou em um hospital público e me contou cada estória de arrepiar. Doutores renomados que tem em seus consultórios particulares até macas dos hospitais públicos. Disse que eles “pegam” de algodão a próteses (de joelho, quadril...) que usam em cirurgias particulares.


Esses cidadãos que deveriam estar trabalhando em prol da sociedade, estão ajudando a acabar com ela e contam isso em alto e bom tom, como se suas atitudes fossem dignas, corretas, e ainda malham o governo!!!

Agora, quando ouço falar sobre a condição dos hospitais, sei que não posso culpar apenas o governo, o povo também tem sua parcela de culpa. É simplesmente a cultura brasileira do se dar bem. Se todo mundo faz porque não fazer também? Pensamento de povo pequeno, POVINHO.


Depois disso, comecei a analisar a minha vida, os meus atos. Eu não pego nada de ninguém, pago meus impostos, fico atenta no transito para não prejudicar ninguém, tento ser gentil, tento não agredir a natureza, mas será que eu prejudico a sociedade de alguma forma? Será que eu faço alguma coisa errada “naturalmente”, “sem nem perceber”?

Qual será minha parcela de culpa?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Árvore da Vida


Sábado passado fui ao cinema assistir ao polemico filme de Terrence Malick.

Não entendi o porquê de tanta polemica, pois o filme é muito ruim. É tão ruim que não dá nem para debater.

Com 15 minutos de filme a tela escurece, aparece uma luz dançando e começam umas cenas nada a ver dignas do National Geographic que seguem por mais ou menos meia hora. Do mesmo jeito que essa cenas vem, elas vão, sem o menor link com o filme.

Religião? Origem de tudo? Fé? Questionamentos? A idéia do filme não é esclarecida em momento algum no FILME. Então, para entender o que o diretor quis passar, se faz necessário ler sobre o assunto antes de ir ao cinema. Pode ser que tenha sido uma boa idéia, mas muito, muito mal executada. Todas as questões e as mensagens poderiam ter sido passadas num curta, não precisava de duas horas e meia.

Esse foi o filme que ganhou a Palma de Ouro. ?!

Uma amiga, atriz, tinha me dito que esse era um filme sensorial. Era lento porque não tinha a intenção de contar a estória (isso com certeza), e sim nos fazer senti-la. Não posso dizer que não senti, senti sim, senti que talvez não desse para ir até o fim, mas contrariando meus impulsos fiquei.

No final pude sentir a insatisfação e a irritação no olhar de cada um dos que estavam na sala.
Fujam deste!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Homem do Futuro

O filme tem cientista maluco e máquina do tempo como em De Volta Para O Furturo, tem moral da estória igual a de Efeito Borboleta e um ciclo que se fecha ou não como em 12 Macacos. Uma mistura e tanto, mas não é que deu certo!

Wagner Moura está simplesmente fantástico, mais uma vez. Ele conseguiu dar três tons a mesma personagem na mesma cena, e sem dúvida é 90% do filme.

Além do ator, o filme conta com a linda e talentosa Aline Moraes, com Legião Urbana na trilha sonora e com flashback do início dos anos 90. Eu, que fui pré-adolescente nessa época, fiquei nostálgica, cantei, dancei sentada na poltrona e, no final, quase saí dançando e pulando pelo shopping.

Uma comédia romântica brasileira de tirar o chapéu. Eu recomendo.
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