Feliz Páscoa

Renove-se

Eu sou Budista, mas minha família é Católica, então a Páscoa sempre foi comemorada com direito a todos reunidos para o almoço. É uma delícia.

O sentido do feriado é o de renovação. Como se reza no Credo, Jesus morre, se eleva, senta-se a direita do Pai e ressuscita ao terceiro dia. Então, ele volta após a elevação da alma. O domingo escolhido é o primeiro de lua cheia, depois da entrada do Equinócio da Primavera (no hemisfério norte), estação de renovação. Os prévios 40 dias, referentes a Quaresma, são de restrições alimentares como abstinência de carne, onde as pessoas devem se dedicar as orações e caridade. Todo o simbolismo para levar a renovação da alma, do espírito.

Hoje em dia, são raros os que ainda buscam o sagrado. Como disse não sou Católica, não participo das tradições, mas dentro da minha religião, estou sempre em busca do sagrado, da renovação, da transformação. Por isso, minha proposta hoje é aproveitar o dia para encontrar o amor, a bondade, a generosidade, a fraternidade, a essência da vida.

Tenha um ótimo domingo.

Relatos Selvagens

Sei que está meio tarde para falar de Relatos, mas se ainda não viu, veja.

Fui porque tinha o Darín, não perco nenhum dele, e me deparei com um filme delicioso, com um roteiro inteligentíssimo, que surpreendentemente me fez rir do início ao fim.

São cinco histórias que relatam fatos de nosso cotidiano, coisas que passamos todos os dias como ser injustiçado e ao reclamar ser ainda mais injustiçado, uma traição, uma briga no trânsito... Aquelas coisas que vão se acumulando e que eventualmente podem acabar em surtos, ou seja, reações emocionalmente prováveis e racionalmente improváveis.

No filme de Damián Szifron, os personagens avançam a barreira da BEIRA de um ataque de nervos e chegam as vias de fato, cada um ao seu jeito. Soluções absurdas sim, mas confesso que em algumas delas tive que conter a vontade de levantar e bater palmas.

Não percam essa selvageria. :)

Rolé Carioca

O Rio de Janeiro continua lindo

Domingo passado foi dia de Rolé Carioca, uma série de passeios históricos pelo Rio.

Dizem que brasileiros não ligam para programas culturais, mas não foi isso que vi. O ponto de partida foi a ladeira da Misericórdia que estava tão cheia que parecia micareta.

O evento foi super bem organizado. As pessoas foram dividas em 4 grupos guiados por professores de história da Universidade Estácio de Sá. 

Do Largo da Misericórdia com explicações sobre a importância do Morro do Castelo para nossos colonizadores e sobre o Museu Histórico Nacional, seguimos para o Morro de Santo Antônio no Largo da Carioca, depois o da Conceição e terminamos na Pedra do Sal. A ideia era falar de como a cidade foi criada e a importância do quadrilátero formado com esses três morros e mais o de São Bento no período colonial, mas ainda tivemos informações sobre a Biblioteca Nacional, as Ruas do Cano por onde passava água limpa (atual 7 de Setembro) e da Vala por onde corriam os excrementos (atual Uruguaiana) o governo de Pereira Passos, a construção do Teatro Municipal e do Museu de Belas Artes e ainda tivemos uma parada estratégica para conhecer o MAR.

Passeio de nível excelente. O meu guia, foi o simpático e bem-humorado professor William Nunes que nos explicou e ainda adicionou detalhes engraçados à nossa história.

Vai lá na página do Rolé no Facebook, curta e fique ligado nos próximos.

O único problema é que quanto mais eu admiro a cidade, mas tenho pena da forma com que ela é tratada há tantos anos, com governos exploradores, corruptos e incapazes. Uma grande pena mesmo. A cidade com maior potencial do mundo é a nossa.