terça-feira, 30 de outubro de 2012

Por Los Angeles


Hollywood Sign: O melhor lugar para ver a placa de Hollywood é o Griffith Park. Chegamos lá de carro. Quando o estacionamento está lotado, as pessoas vão parando o carro na rua mesmo e foi o que fizemos. Saí do carro e senti falta de alguma coisa. Uma sensação estranha... Era do flanelinha! Infelizmente estou tão acostumada, que me vi surpresa. Estava num dos maiores pontos turísticos de uma grande cidade americana, muitos carros estacionados e nenhum flanelinha. Tive a mesma surpresa das casas sem muro. E essa surpresa me deixou tão impressionada quanto ver o sol se pondo por trás da montanha com a placa de Hollywood.
 
Pelo que eu vi na Califórnia o padrão americano é grande. Então ruas e calçadas largas. Todos os bairros e cidades são assim, mas cada um tem um estilo diferente.


Beverly Hills tem o estilo chic. Eu me encantei com o bairro de cara. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa nada consumista, então quando eu falo chic não me refiro em absoluto às lojas, mas sim às ruas. Pelas calçadas largas estão distribuídos muitos canteiros de flores coloridas e muitas árvores verdinhas, verdinhas, de diferentes tipos e tamanhos e umas com flores rosa claro, tudo no seu lugar sem disputar espaço com os transeuntes.  Separando as pistas, um grande canteiro também florido. Os postes são baixos, pretos, retrô e, logo abaixo das luzes, dois vasos de flores pendurados um de cada lado. Lindo, delicado, sofisticado. As fachadas das lojas dão mais charme ainda ao bairro.  A mais encantadora das esquinas é a da Tiffany’s. É a mais florida e dá para uma ladeirinha muito charmosa com direito a uma fonte e no final um centrinho gastronômico que é tão aconchegante que merece uma pausa para matar a fome. Para quem é consumista, o passeio pela Rodeo Drive é obrigatório.

Los Angeles County Museum Of Arts (LACMA): O museu da Wilshire Blvd é imperdível. O acervo conta com mais de 150.000 peças abrangendo a história da arte. Peças enormes e surpreendentemente criativas, algumas das quais o visitante pode interagir. Mesmo que você não goste de museu, não perca o LACMA.

Continuo no próximo post, Los Angeles é uma cidade para ficar pelo menos uma semana.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mais Curiosidades Sobre o Kodak Theater e o Oscar



- Foram gastos mais de 90 milhões de dólares na construção do Kodak Theater e mais cerca de 110 milhões para adapta-lo para receber o Cirque du Soleil, ou seja, a adaptação foi mais cara que a construção do teatro e para pagar por esse gasto foi fechado um contrato com a companhia canadense por 10 anos.

- A Hollywood Blvd fecha por uma semana para ser preparada para cerimônia do Oscar. Nela é montada uma arquibancada para o público assistir ao desfile de famosos pelo tapete vermelho. Para estar ali é preciso se inscrever pela internet para participar de uma loteria. O sorteado ganha 4 convites que não só garantem seu lugar na arquibancada como dão direito a um jantar e a assistir ao Oscar por um telão.

- Para entrar na Hollywood Blvd, todos, público e famosos (de Robert Pattinson a Steven Spielberg) devem apresentar um documento com foto e passar por detectores de metal.

- Dentro do teatro são distribuídos drinks de graça como um atrativo para os famosos saírem do tapete vermelho e entrarem no teatro e 15 minutos antes do início da cerimônia é interrompida a distribuição e os drinks passam a ser cobrados a alto preço como um artifício para eles saírem do bar e entrarem na sala.

- Dentro da sala, na plateia, ficam os indicados e os apresentadores. Os mais conhecidos ficam mais perto do palco. Sempre noto que o Jack Nicholson está na frente quase todo ano e a guia esclarece, Jack é muito bom com as câmeras e muito espirituoso então se o mestre de cerimônias se perder ou precisar fazer uma brincadeira pode usar o ator, pois ele sempre se sai bem. A organização do evento sempre convida Nicholson para ser apresentador e assim garantem sua vaga na plateia, porém nos dois últimos anos ele recusou o convite por que ia ter jogo dos Lakers no mesmo dia.

- Depois da cerimônia, uma festa é realizada lá mesmo no complexo do teatro, somente para os indicados. É temática e cada ano todo o salão é trocado incluindo teto, chão, lustres, paredes, mesas, cadeiras, louça, talheres... Muito dinheiro gasto e muito glamour.

- Filmes que ganharam mais estatuetas: Ben-Hur, Titanic e Senhor dos Anéis – O Regresso do Rei – 11 estatuetas cada um.

- Mais Oscars: Walt Disney ganhou 22 vezes em diversas áreas competitivas e ainda levou 4 prêmios honorários.

- Intérprete com mais Oscars: Katharine Hepburn com 4 estatuetas

- Por ter sido a intérprete mais indicada ao premio (17 vezes) e ter ganhado apenas 2 vezes, em tom de brincadeira, Meryl Streep é conhecida como a The Biggest Loser

É isso ;)

sábado, 20 de outubro de 2012

LA - Hollywood


Andando até a Hollywood Blvd. com direito a paradinha no Starbucks para o café da manhã. De novo, atendentes sorridentes e irritantemente práticos e ágeis. Não se pode perder tempo para perguntar o que é isso ou aquilo, tem que treinar antes de entrar na fila para não ter a fila toda olhando impaciente para nossa cara. Quando finalmente temos tudo ensaiado, pedimos de uma vez só, sem respirar e achando que estamos abalando, até que a saraivada de perguntas começa: creme, adoça, esquenta... Que sufoco! :)

All the leaves are green, and the sky is blue, I’ve been for a walk on a sunny day, I’m safe and warm cause I’m in LA, California dreamin’ on such a summer day. E que calor!!! No verão em LA faz o mesmo calor do Rio. Sol forte, vento quente, suor e filtro solar por todo lado. 

É na Hollywood Blvd que tudo de cinema acontece. É uma avenida larga, tendo nas calçadas as famosas estrelinhas. Muitos letreiros luminosos, muita gente, muito calor, pessoas vestidas de super heróis para todo lado, pessoas oferecendo excursões às mansões dos artistas, muitos turistas fotografando cada cm... do chão. :)

O Chinese Theater é um complexo de cinemas onde a primeira sala, aquela onde acontecem as pré-estreias, foi construída em 1927 e é totalmente temática com arquitetura antiga chinesa por fora e por dentro. É, realmente, um pedaço da China no meio do agito de Hollywood, bem bacana. Na frente do prédio as famosas e super fotografadas impressões de mãos, pés e assinaturas dos artistas. Tudo começou quando ainda na construção, Norma Talmadge (atriz de cinema mudo) pisou, sem querer, no concreto molhado e deixou seu pé impresso. Cid Grauman, que não era chinês, mas era um grande empreendedor aproveitou a deixa. A partir daí, começou todo o glamour da Hollywood Blvd. 

Na mesma rua fica o Kodak Theather construído exclusivamente para a apresentação do Oscar desde 2001 até pelo menos 2070 e alguma coisa, por isso por dentro se parece com um teatro europeu clássico, pois assim não sai de moda :) Antes dele a cerimônia do Oscar acontecia cada ano em um lugar diferente tendo sido a primeira realizada na Hotel Roosevelt com duração de apenas 10 minutos onde foram distribuídos apenas 5 prêmios. O nome do prêmio na verdade é The Academy Award of Merit, mas uma funcionaria olhando a estatueta disse: Isso me lembra meu tio Oscar. Virou uma piada interna até que caiu no ouvido de ninguém menos que Walt Disney e esse ao receber um de seus prêmios disse: estou levando o meu Oscar. Daí, pegou.

Se passarem pela Hollywood Blvd. façam as visitas guiadas no Chinese e no Kodak Theather, vale a pena.

Los Angeles e o Choque Cultural


A primeira coisa que chamou minha atenção, ainda no aeroporto, foi que ao pegar minha mala na área das esteiras rolantes vi que a porta de saída dá direto para rua! Incrível como nos países desenvolvidos existe confiança no bom caráter do ser humano. Triste e mais incrível ainda é a minha surpresa em relação a isso.

Segui no ônibus da Alamo em direção a agência. Depois de todos os ajustes, seguro, outro seguro, GPS, instruções quanto ao uso do GPS... A atendente diz: Aquela porta dá para o nosso estacionamento, a partir da terceira fileira começam os compactos, vocês podem escolher o que quiserem, a chave está na ignição. Meu queixo caiu. Fiz o que ela disse e, ao chegar à terceira fileira, me deparei com carros do nível do Sentra. Olhei a placa de novo, sim eram os compactos!!! Já tinham me dito isso, mas tem certas coisas que precisamos viver para crer. Coitada de mim e do meu pobre compacto brasileiro.
Ficamos, eu e minha amiga Debora, num hotel na Highland Ave. bem perto da Hollywood Blvd. Duas camas de casal no quarto, outra coisa de se espantar. Isso é a praticidade americana, em qualquer lugar achamos quartos com duas camas de casal, pois cabe de 1 a 4 pessoas no quarto sem necessidade de arranjar e montar camas extras e desconfortáveis. No Brasil duas camas de casal no quarto é imoral, não é mesmo? :)

Fomos jantar no Mels Drive-In, típica lanchonete americana estilo anos 50, com jukebox nas mesas para nossa diversão. A garçonete nos oferece água e nos entrega o cardápio com um super sorriso no rosto e um jeito de falar muito simpático e atencioso. Dois minutos depois pergunta pelo nosso pedido, pedimos mais um tempinho. Cinco minutos depois ela volta, pedimos mais uns minutinhos, notei incompreensão no semblante dela, mas ela nos dá mais um tempinho. O semblante dela e o meu ao notar o dela expressam apenas choque cultural. Ela uma americana prática, eu uma latina tranquila e de férias. Pedimos milkshake, salada e sanduíche. Vem um copo de 700ml de milkshake e mais um chorinho que enche o copo do mixer pela metade, uma salada grande e um mega sanduíche. Wow, quanto comida! A palavra amplitude também se estende a comida aqui. Copos e porções grandes. Até que, sem mais nem menos, no meio da nossa refeição chega a conta! Eu olhei para Debora e sem eu perguntar ela disse: Aqui é assim mesmo, Monique, eles trazem a conta para agilizar. A princípio, para quem é latino, parece rude, mas, de novo, é a praticidade.

Então, a partir do primeiro dia mais uma palavra entrou no hall das palavras-chave: praticidade.
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