quarta-feira, 22 de junho de 2011

Meia Noite Em Paris

Por que assistir mais um do Woody Allen? Mais um de infindáveis questionamentos concretizados por diálogos daquela velha sinceridade hostil do brilhante diretor que não tem papas na língua?

Porque tão logo o filme começa, somos agraciados com uma seqüência de perfeitas paisagens de Paris, as esquinas, os pontos turísticos, os cartões postais, o Sena, tudo ao som de uma música maravilhosa que torna impossível evitar o sorriso nos lábios.

A fotografia do filme é um dos pontos altos, ele não só captura as paisagens, mas o faz do melhor ângulo, na melhor luz, nas melhores horas do dia o que para mim pareceu o jeito mais perfeito possível.

A trilha sonora é de Cole Porter, ou seja, também nos presenteia os ouvidos.

Owen Wilson parece ter nascido para fazer Woody Allen. Todo aquele jeito tagarela já conhecido do ator foi lapidado e se encaixou perfeitamente na trama.

A estória é surpreendente e encantadora.

Bom, respondida a questão, tenho que confessar que eu sou suspeita para falar porque definitivamente eu gosto de Woody Allen e vendo como Barcelona (em Vicky Cristina Barcelona) e Paris (neste novo filme) foram retratadas, eu só posso desejar que ele se apaixone pelo Rio e faça um filme aqui na nossa linda cidade também.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vestido de Casamento

Em 2005 uma amiga do trabalho casou.

Tati é daquelas meninas que sempre sonharam com casamento, por tanto fez tudo sozinha, pesquisou, organizou, escolheu, inspecionou e pagou por tudo, detalhe por detalhe, começando a se preparar um ano antes do grande dia.

E quantos detalhes, muitos, tantos que eu nem podia imaginar que existiam, mas fui descobrindo ao longo do looongo ano que antecedeu o casamento. Durantes as aulas, ela ia nos contando tudo que resolvera, experimentara, marcara: cabelo, igreja, vestido, maquiagem, sapatos, músicas, instrumentos, velas, luzes, mesas, enfeites, DJ, toalha de mesa, talheres, buffet, jantar, cores das roupas das madrinhas, daminhas, terno dos padrinhos, bouquet, doces, chocolates, bem casados, lembranças, bolo, topo de bolo... Naquele ano, uma verdadeira indústria casamenteira foi se revelando para mim, tão desligada disso tudo. Eu era apenas uma convidada, não precisava me preocupar com nada além de colocar meu vestido e chegar na hora (coisa um tanto complicada para mim).

Enfim, chegou o dia. Eu tinha um vestido lindo e maravilhoso, sóbrio e chic que tinha usado no casamento da irmã de um antigo namorado cinco anos antes. Por sugestão da minha mãe o experimentei logo de manhã. Para minha enorme surpresa e pavor faltou meio palmo para fechar e ficou tão, tão apertado que marcava tudo, tudo mesmo.

Então, lá fui eu enlouquecida atrás de um novo vestido. Depois de muito procurar sem sucesso, achei um que caiu como uma luva. Como já mencionei, eu sou bem alta e não é qualquer vestido que chega aos meus pés, literalmente. Perguntei o preço: R$ 1.200,00. Mil e duzentos reais??? Isso aí, confirmou a vendedora com cara de paisagem. Bom, era isso ou nada. Negociei um parcelamento em 4 vezes e pronto. Saí da loja esgotada com a compra que acabava de fazer, mas não tinha jeito...

Hoje, 2011, devo dizer que nos últimos 6 anos, a todo e qualquer casamento que compareci fui vestida com meu lindo, longo, negro e único vestido. Fui aos casamentos de todos os primos paternos sem me importar com nem uma vírgula do que a família poderia dizer ou se alguém iria reparar. Fui a casamentos de amigos do mesmo grupo e também a pelo menos mais três outras pessoas do trabalho com a mesma atitude prestada a família, ou seja, cagando e andando para o que possam comentar.

Nesses 6 anos, eu e meu vestido de casamento já fomos a mais de dez eventos e ele continua ali, firme, forte e me caindo como uma luva e, para mim, isso é o que importa.

Além, é claro, de saber que nesses últimos 6 anos meu corpo continua o mesmo. :)
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