sábado, 30 de agosto de 2008

Ser Atleta no Brasil

É tão bom ver um brasileiro no lugar mais alto do pódio, chorando e cantando o Hino do Brasil. Pena que é raro. Talvez o sentimento seja tão grande porque é raro. Os americanos devem pensar “OK, mais uma”, no entanto, nós, brasileiros, ganhamos e perdemos medalhas junto com os atletas, torcemos, xingamos, choramos, gritamos...
A verdade é que não podemos cobrar nada deles, sabemos que o Brasil não investe nos atletas. Os clubes estão se acabando no abandono e nas corrupções. As escolas não se voltam para os esportes, nem as universidades. E muitos brasileiros nem sabem o que é escola.
Nossos atletas têm, na maioria, estórias sofridas. Eles chegam às Olimpíadas por conta própria, por conta de ter treinado com tênis dois números menor que os pés; por conta de ter vendido tudo em sua cidade e ter migrado para outra para treinar deixando a mulher brava e com dívidas para pagar; por conta de ter esperado 10 anos para ter dinheiro para fazer uma prova e mudar de faixa; por conta de ter se fingido de portador de deficiência física para pegar o ônibus para ir treinar porque não tinha dinheiro nem para o ônibus, e, mesmo assim, quando eles ganham, eles se enroscam na bandeira do Brasil e se orgulham de serem brasileiros.
O lado positivo de ganharmos apenas 3 medalhas de ouro é saber que as Olimpíadas não vão fazer o povo esquecer que o Brasil não vai bem, mais medalhas poderiam abafar a falta de incentivo nos esportes e a falta de um trabalho de base, além da corrupção, a violência, a fome, a crise no sistema público de saúde e educação e tudo mais que nos falta.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Brasileiros nas Olimpíadas


Lindo nosso Cesão ganhando ouro! 21s30? Como ele consegue fazer isso??? Como disse meu amigo Leônidas: “Acho que nem se eu fosse correndo na borda faria 50m em 21s30!”.
E pular 7,04m??? Alguém já mediu? Sem ajuda de nada!!! Incrivelmente merecida a vitória. Maurren mostrou ao mundo que o corpo dela não precisa de ajuda.

Ousadas as meninas do vôlei nos mandando calar a boca, isso mesmo, xiiiiiiiiiiiiiiii, o ouro é delas e elas nos emprestam para que possamos chamar de nosso!!!
Parabéns aos nossos atletas, à todos que foram às Olimpíadas. Todos chegaram lá por conta própria.

É claro que me orgulho também das medalhas de prata e bronze, e:

- Quero mais garra do time de futebol masculino, mais vontade, menos pouco caso. Os outros atletas choram suas derrotas e vitórias, nossos meninos do futebol, hoje com dinheiro no bolso, não estão nem aí;

- Quero ver o Diego fazer o salto Hipólito, a Jade, o salto Cheng e a Daiane não mais pisar para fora da linha (tenho a impressão que ela erra exatamente do mesmo jeito em todas as finais!). Numa final Olímpica, não há razão para não ousar, não há razão de não ir ao limite ou de não tentar ir além do limite, se não for nas Olimpíadas, onde mais será? Pra que tanto treino, tanta superação, se na hora, ao invés de dar duas piruetas e meia, só tentamos duas piruetas? O impacto no punho machucado é o mesmo e a queda pode acontecer, como aconteceu, da mesma forma! Falo isso porque acredito nos atletas e sei que eles podem ser os melhores e eu torço para que sejam.

Por fim, uma pergunta que não quer calar: Como uma atleta treina durante quatro anos para ir à uma Olimpíada e é impedida de competir porque a vara sumiu??? Como se some com uma vara daquele tamanho? Resta a nós, e a Fabiana, esperar mais 4 anos para vê-la voar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Olimpíadas


Sou apaixonada por Olimpíadas!
Vejo tudo que posso, pena que é pouco, Olimpíadas na China é difícil de assistir. Eles acordam quando eu durmo e dormem quando eu acordo! Apesar de gostar muito, não consigo ficar até tarde vendo os jogos. Acordo às 5am todo dia!
Acho os atletas mágicos. A força de uns, a flexibilidade de outros, a graça, a habilidade, a leveza, tudo isso e mais: a garra, a vontade, a luta, a superação, e mais: os corpos esculpidos; os olhares concentrados, orgulhosos; os gestos calculados, ensaiados, precisos; os rostos iluminados.
Perfeitos.
Nessa hora tenho a certeza de que somos perfeitos e me apaixono por tudo que nós podemos ser, tudo que nossos corpos são capazes de fazer.
E depois das Olimpíadas vem outra etapa que me fascina ainda mais, as Para Olimpíadas. Vejo que somos capazes de tudo. Nós podemos fazer tudo!
Os atletas Para Olímpicos me mostram que podemos nos superar ainda mais, que temos mais habilidade, força, vontade e precisão do que imaginamos e mais: corpos que se adaptam; olhares concentrados e vitoriosos; gestos minuciosamente executados; e rostos, às vezes mais sofridos, mas ainda mais iluminados.
Perfeitos, mágicos.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Música de Qualidade

bande delicatessen
Fui apresentada à banda “Delicatessen Jazz” este fim de semana na casa de uns amigos. O CD tornou a noite ainda mais agradável.
A banda de Porto Alegre me encantou. Como eu não os conheci antes?

A voz de Ana Kruger é penetrante e preencheu o ambiente. A banda faz do Jazz um pouco Bossa e as músicas são suaves e gentis aos nossos ouvidos. A vocalista não precisa de gritos, nem de agudos para mostrar que tem uma voz forte e macia ao mesmo tempo.
Vi no youtube alguns vídeos da banda e achei incrível a naturalidade da cantora, ela canta sem esforço, sem caretas, com toda a delicadeza do Jazz e da Bossa.
Fica a dica.
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