domingo, 28 de março de 2010

Finalmente 30

Depois de dois anos e meio de crise antecipada, que se intensificou na semana do dia 26 de fevereiro, me vi com 30. Vi que ocupei parte do meu tempo sofrendo com uma crise inútil, por uma situação inevitável.

Esse ano de 2010 começou bombástico. Logo na virada, chuva forte, alagamento e deslizamento em Angra, 50 dias de chuva em São Paulo causando caos. Terremotos e tsunamis pelo mundo. O histórico julgamento e condenação dos Nardonis e Jatobás, a inacreditável prisão do governador de Brasília (provando que o ano não foi só de desastres)... Diante disso, o que é fazer 30?

Bom, fazer 30 é passar a enxergar um pouquinho mais as celulites, a barriguinha e se irritar ao reparar os primeiros vincos do rosto se formando, e um segundo depois se sentir a mulher mais linda do mundo. É olhar para tudo que foi construído e achar muito pouco e no mesmo instante ter certeza que está no caminho certo e que o que foi construído é seu e ninguém pode tirar isso de você. É olhar para as crianças de 20 e sentir saudade da época em que não se tinha tanta responsabilidade e na mesma hora perceber que não trocaria os 30 pelos 20, pois 30 é, sem dúvida nenhuma, muito mais interessante. É, ao mesmo tempo, não querer mais ser chamada atenção e entender porque os pais se preocupam. É amar ainda mais a família. É ser dona de si. É deixar pra trás complexos antes tão aborrecedores e hoje tão imbecis. É se compreender melhor. É ser mais confiante. É saber se amar e se perdoar. É finalmente compreender o grande barato da maturidade.

Enfim, ter 3 décadas não é ruim, em mim doeu mais antes do que durante.
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