terça-feira, 24 de março de 2009

Step x Fraldas

A coisa de um mês, arrombaram meu carro.

Levaram meu relógio de corrida dado por um amigo, um casaco que eu tinha há 14 anos, que comprei em uma viagem, no metro de uma cidade que ainda não tive a oportunidade de voltar, um pacote de fraldas que comprei para o chá de fraldas de uma amiga e meu step.
Para invadir meu carro, eles empenaram a porta do carona, entraram de sapatos, pisaram nos bancos e jogaram todos os meus CDs e papeis pelo carro.
Ah e olha que sorte, deixaram meu rádio! Já tive o rádio roubado três vezes. A sensação de terem invadido um espaço que é seu é péssima, mas sendo a quarta vez, já estou meio que acostumada. Os invasores estão me prestando o favor do trabalho espiritual do desapego. Só não posso dizer que essa evolução espiritual vem de graça, pois tive que comprar um novo step.
Desta vez, ao invés do rádio, eles preferiram as fraldas. Pelo menos vai ter criança mais sequinha por aí.

Nos dias de hoje, devo dizer que tive sorte de não estar no carro, nem ter visto. Afinal no Brasil, sempre usamos o ditado “Vão-se os anéis ficam-se os dedos”.

O mais engraçado disso tudo é que quando fui comprar um novo step o vendedor da loja de pneus tentou adivinhar o que tinha ocorrido dizendo que roubaram meu step fazendo um buraquinho na mala que facilita sua abertura. Eu disse não, eles empenaram a porta. O vendedor me levou pra ver o buraquinho na mala do carro, ou seja, ao que tudo indica, já tinham roubado meu step antes pela mala e eu nem tinha percebido. O que faz o segundo ladrão ter perdido tempo e energia para roubar um casaco velho e um relógio de dez “real” comprado no camelodromo, que tinham valor sentimental, não material. Ah, e é claro, um pacote de fraldas duplo!

Depois disso:
- Eu abortei a missão das fraldas, afinal nem consegui ir ao chá de fraldas, vou optar por outro presente já que a menina já até nasceu;
- Arrumei uma vaga para não mais ter que parar o carro na rua;
- Andei pensando que talvez devesse voltar a tal cidade. Quem sabe eles ainda vendem casacos no metro?

domingo, 15 de março de 2009

Inversão de Valores

Impressiona-me a forma como as coisas estão se encaminhando hoje em dia.
As pessoas estão querendo ser muito modernas demais e os bons costumes estão virando raridade, comuns apenas nos mais velhos, nos mais velhos mesmo.
Não quero ser hipócrita e nem retrograda, mas parece que esta ocorrendo, pelo menos no Rio, um movimento em prol de tudo que no passado seria considerado lixo.
Tudo começou com governantes populistas, aqueles que tornam a população cada vez mais pobre e ignorante para ficar cada vez mais fácil o enriquecimento próprio.

Na música, talvez nos tenha ficado evidente o empobrecimento cultural quando o funk e as músicas de bundinha dos anos 90 ganharam importância além do normal. Não entendo como o país da Bossa Nova pode deixar isso acontecer, quando na ocasião deveríamos protestar e não aderir a essa nova e podre cultura.
Uso o funk como uma ferramenta para correlacionar o declínio social que vivemos. As músicas falam do sexo da pior forma possível, de violência e drogas, não criticando, mas exaltando e banalizando. Sem contar o português, às vezes me pergunto, isso é português? Daí vem minha indignação: Como todo esse lixo pode fazer sucesso? Nós deveríamos dizer não a essa realidade, tentar fazer com que ela desapareça, se rebelar, criticar, protestar contra o declínio dos nossos cidadãos e da nossa cultura.
Como pode um compositor, que atinge o público jovem escrever talvez mais de 10 músicas sobre ‘como fumar maconha é legal’, e ainda ganhar prêmios de música brasileira? E apesar dele mesmo ter se indignado por ter ganho um premio na categoria MPB e não hip hop, infelizmente não há como negar que ele é popular.

Como pode ir um programa ao ar exaltando ‘como é legal viver na periferia’, quando não deveria existir uma periferia, pelo menos não do jeito que é. Veja bem, não critico as pessoas que moram na periferia e sim a realidade a que são submetidas.

Os cantores deveriam dizer não as drogas e a violência que elas trazem, os programas de TV deveriam mostrar como é precária a vida na periferia, como aquelas pessoas carecem de saneamento, emprego, moradia, hospitais, escolas, etc, para que a realidade sempre venha à tona e não um faz de conta. Falta tudo, as pessoas são pobres, mas é legal. Hey, governante, você não faz nada, rouba o dinheiro do povo e os deixa naquelas condições, mas a favela e a periferia são legais. É legal ver uma menina de 10 anos seminua dançando funk até o chão?

NÃO. Legal é ter o que comer, legal é uma menina de 10 anos ser ingênua e ter vergonha de mostrar seu corpo, como deve agir uma menina de 10 anos e ir para o colégio, ler livros infantis e ter filhos na idade certa, com a pessoa que ela escolher, por razões certas.
A periferia é legal porque quem faz esses programas mora no Leblon e em Ipanema, em seus apartamentos de luxo. Se é tão legal porque eles não vão morar lá?

Numa cidade com realidades tão díspares, as pessoas que deviam lutar para tentar mudar isso, pois são influentes, parecem ser coniventes e parecem ajudar na nossa queda social

Como nossos governantes conseguiram fazer tanta cagada ao longo dos anos e como essa cagada cresce galopante a cada segundo e ninguém faz nada para mudar?

Quando as pessoas vão acordar e dizer NÃO ao declínio social e cultural e quando vão deixar de ser coniventes com ele?

domingo, 8 de março de 2009

Mulher


Mulheres são seres lindos, gigantes, que tem a capacidade de gerar, alimentar, amar.
Batalhamos o dia todo, no trabalho, na casa, com a família, e ainda assim vestimos um lindo sorriso no fim do dia.
Conseguimos pensar em deveres, obrigações e cuidados, nos nossos e ainda nos dos outros: marido, pais e filhos e não importa quantos sejam.
Conseguimos tempo para acabar um projeto, limpar a casa, falar ao telefone, fazer a unha, cuidar do cachorro, chegar na hora... Nem que tenhamos que fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, pois temos essa capacidade.
Pensamos em 3 milhões de coisas ao mesmo tempo e ainda guardamos tempo para pensar em nossos sonhos.
Cabemos em sapatos de bico fino, nos equilibramos em grandes saltos, colocamos meia fina sem puxar fio, nos maquilamos, conseguimos deixar nossas unhas secarem sem borrar, mesmo quando temos que mexer na bolsa, pegar filho no colo, comer, dirigir ou pegar o ônibus.


Mulheres são heroínas, são Deusas, são magas, feiticeiras, somos acima de tudo, na grandiosidade da palavra, MULHERES.

Apesar de todo o trabalho extra, me orgulho de ser mulher.

À todas, um FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Que tenhamos sempre persistênsia em nossos ideais.
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