sábado, 17 de outubro de 2009

Férias

Fui para Bahia.
Tive uma conferencia em Salvador e graças a ela, eu e um grupo de amigas pudemos tirar férias, longe dos namorados, maridos, noivos e filhos também. Desta forma, tivemos um tempo de liberdade.

Eu nunca fui uma pessoa de viajar com muitas amigas, apenas arranjo uma companhia e vou, em dupla. Desta vez, nos cinco primeiros dias éramos quatro e depois sete mulheres, amigas, livres, na Bahia.

É verdade que Salvador está meio abandonada, escura, com muitas favelas. O Pelourinho está de novo caindo aos pedaços, sujo, com as fachadas precisando de mais uma reforma e os pedintes te intimidam, a ponto de ser quase um assalto. Dizem que eles não fazem nada, é só pressão, mas quem vai pagar para ver?

De qualquer forma, Salvador é tudo. E eu nem gosto de axé. É tudo de bom porque é só olhar em volta para nos depararmos com a nossa história, porque realmente as pessoas jogam capoeira nas ruas, porque tem o Olodum, porque existe um elevador bem no meio da cidade, porque lá tem azeite de dendê, acarajé, abará, caruru e moqueca e principalmente porque lá tem baianos.


Os baianos são simples e simpáticos. Realmente eles estão em outra rotação, eles não são lentos, mas cuca fresca, não se estressam à toa. E um simples e verídico caso pode facilmente ilustrar: De férias, saindo da praia enrolada na canga, bate um vento que levanta a canga, e deixa a mostra o biquíni, na mesma hora a mão vai para impedi-la de levantar e para esconder o biquíni, como se ele não estivesse ficado amostra o tempo todo em que estava na areia. Nisso passa um baiano e sussurra ao ouvido: Oxe menina, deixa o vento entrar.

E todos os dias das minhas férias, quando me vinha um pensamento que pudesse me gerar algum conflito ou estresse, eu parava, respirava e pensava: Oxe Monique, deixa o vento entrar.

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