segunda-feira, 31 de maio de 2010

Montanha Russa

Tempos de marasmo fazem a gente descansar, se acostumar e deprimir. Não têm adrenalina, expectativa, ansiedade, frustrações, subidas ou descidas. Sempre a mesma coisa, pode ser bom, tranqüilo ou depressivo, melancólico.

Porém existem as fases das montanhas russas, onde numa mesma semana, às vezes no mesmo dia, temos altos e baixos, risos e choros, comemorações e frustrações. É bom quando o saldo é positivo, mas pode ser ruim quando acaba em débito.

Depois de um longo período de marasmo, entrei numa montanha russa, de subidas e descidas, loopings radicais, muita adrenalina. Todos os pacatos planos para o primeiro semestre foram por água abaixo. Ótimo, a pasmaceira estava mesmo me cansando. Eu desejava viradas, velocidade, mudanças. É um período para aprender que devemos resolver uma coisa de cada vez, dentro das possibilidades. Todas as novidades, as coisas boas, os problemas, as pedras rolam de uma só vez, mas devem ser administradas uma por uma, com calma e sabedoria. Isso se aprende com o tempo.

Aos poucos as coisas vão se resolvendo, sempre da melhor forma. O que antes era visto como problema, agora é sabido que estava lá para me fazer enxergar além, ver outras soluções, outros caminhos. O que parece é que como a montanha russa tem eletricidade e trilhos que mantem os vagões organizados e seguindo adiante pelos loopings, na vida existe uma energia muito além da gente, que não podemos ver, que rege tudo isso com destreza, nos mantem no prumo e faz que no final dê tudo certo.

Como nas montanhas russas, nessas fases temos emoção, gritamos, rimos, nos desesperamos, achamos que não vamos agüentar chegar ao final, mas quando acaba, entramos de novo na fila.

Nesse sobe e desce a vida segue até que as curvas acabem e volte à necessária e monótona calmaria.

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