quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Os Mais e Menos da Olimpíada de Londres

Os atletas brasileiros são sempre Mais. Eu fui atleta, sei a realidade e ela é feia e cruel.
Vejo as pessoas dizerem que nossos atletas precisam de acompanhamento psicológico, sim sem dúvida, mas antes precisam de comida, tênis, roupas, acessórios, lugar e condição apropriada para treinar, preparadores físicos, dinheiro para chegar ao treino, condição para se sustentar tendo como profissão o esporte. Já vi atletas sendo ajudados por famílias de outros mais abastados, fazendo rifa, vaquinha ou pedindo dinheiro emprestado para comprar uma passagem e ir treinar, para comprar um par de tênis e até para ir a um campeonato mundial e mesmo para as olimpíadas. Por superarem isso tudo, eles são muito Mais.

A retaliação pelo Twiter sofrida pela judoca brasileira eliminada Rafaela Silva é Menos. Não aparece um para ajudar, mas para pichar não falta ninguém.
Bolt é Mais e Phelps é super Mais.
A única atleta brasileira Menos é Fabiana Murer, não pelo seu desempenho, mas pelo seu comportamento e palavras.
Menos para a falta de novas gerações no Brasil.
O boxe brasileiro é ultra Mais.
Ao chamar atenção de todos pela perseverança, a polonesa Natalia Partika é Mais.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva, uma vaia e Menos.
Mais para o judô brasileiro.
Menos para a transmissão da Record.
O bicampeonato do vôlei feminino é tudo de Mais.
Por ter sido cafona, sem criatividade e ter tido os estereótipos de sempre, a apresentação do Rio no encerramento das olimpíadas é Menos.
Para a emoção de ver a bandeira brasileira no topo e acompanhar o hino nacional, mesmo tendo sido apenas 3 vezes, MUITO MAIS.

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