sábado, 14 de novembro de 2009

Catarina


Minha Catarina tinha 10 anos. Era delicada, medrosa, educada, limpinha e gulosa. Das quatro cachorrinhas era a mais meiguinha.

Cacá sofria do coração. Seu problema foi diagnosticado tarde demais e mesmo com o tratamento, ela não resistiu.

A casa anda triste. Vovó inconsolável. Manuela, a irmãzinha, perdida na casa.

Quando se tem um cachorro, mesmo sem ter sido trazido por você, mesmo se você tiver relutado com a idéia, uma hora vai se apaixonar, muito, não tem jeito.

Os filhotes em geral não me atraem muito porque apesar de serem fofos são irritantes, bagunceiros e destruidores, mas Cati não. Catinha sempre foi obediente.

Ela veio aqui pra casa para fazer companhia à irmã hiper ativa, mas apesar de serem da mesma raça, Katie já se mostrava diferente, calminha. Só implicava com as irmãs, pois tinha ciúme. Como era dominante, mesmo sendo a mais pequenina, impunha respeito entre as cachorrinhas.

Os cachorros são tão verdadeiros e nos amam tão intensamente que nos trazem felicidade o tempo todo, nas pequenas coisas e fazem com que nós nunca nos sintamos sozinhos. Nos ensinam um pouquinho sobre amor. Amor sem nada em troca. Amor por amor.

É difícil aceitar que essas coisinhas tão preciosas durem tão pouco. Acho que por elas serem tão especiais, Deus as quer sempre por perto.

A falta que estamos sentindo, eu sei, só o tempo resolve.

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