domingo, 2 de outubro de 2011

Rock in Rio - EU FUI

Dia 29 de setembro, levando na mochila canga, casaco e sanduiches; na “doleira” documentos, ingresso, Rio Card e dinheiro; e no coração um sorriso grande, peguei um ônibus especial às 18hs em direção a nova Cidade do Rock.

Cheguei ouvindo as primeiras notas do show que abriu a noite no palco Mundo, um tributo a Legião Urbana. Para desespero da minha mãe que tinha me avisado com antecedência que não ficaria na “muvuca” fui feliz, dançando e me embrenhando por entre a multidão. Como disse Dinho Ouro Preto, um dos artista a homenagear a banda de Renato Russo, Legião é uma religião, uma seita, todo mundo sabe, todo mundo canta, dança e se emociona. Foi um grande início de noite.

A seguir Janelle Monae fez um grande show, com homenagens diversas, mas confesso que pouco conheço dela e no fundo desejei por uma banda mais popular. Depois de algum tempo apreciando o show, aproveitei para dar uma volta na linda, simpática e lotada Rock Street, mas a multidão fez o passeio cansativo.

Dali rumei para o palco Sunset para assistir ao Baile do Simonal, sempre maravilhoso.

Ao término, voltei ao palco principal, sentei, comi um sanduiche e de repente, sem que ninguém tivesse me preparado, começou o show da aberração Kesha. Nada pode explicar o quão ridículo foi aquele momento, nem me dignei a levantar da canga. Por que Dave Matthews tinha que tirar férias justo esse ano?!

Passado o terror e mais uns minutos de espera para a mudança de palco, finalmente chegou a vez de Jamiroquai. Dentre outras teve Cosmic Girl e Canned Heat, mas a banda britânica infelizmente nos poupou de hits como Space Cowboy, Virtual Insanity e Seven Days In The Sunny June e assim Jay Kay também se poupou do que poderia ter sido um lindo e emocionante coro de 100.000 pessoas.

Quando acabou o show, todos estavam exaustos e jogados no chão a espera de Stevie Wonder. O cantor começou meio morno e nessa hora muita gente debandou e quem ficou pode chegar um pouquinho mais perto. Oba! Então, a estrela mais esperada da noite brilhou com seu som, voz, generosidade, humildade, nos fez uma linda homenagem e, claro, me fez chorar algumas vezes. Fez valer cada minuto, até aqueles desperdiçados com os palavrões da bizarra Kesha.

Depois de um pouco mais de 10 horas, saí cantarolando e, mesmo sabendo que teria que virar a noite para dali a poucas horas estar no trabalho, estava feliz da vida, com um sorriso maior ainda no coração.

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