sexta-feira, 31 de maio de 2013

Somos Tão Jovens


O filme de Antônio Carlos da Fontoura conta como surgiu Renato Russo, a Legião e algumas de suas músicas.

Surgiu, porque, como explica o filme, Renato nasceu Manfredini Júnior e escolheu como nome artístico Russo em homenagem a Bertrand Russel e Jean-Jacques Rousseau personalidades que admirava.

Como disse Dinho Ouro Preto no Rock N’Rio IV, “Legião Urbana é uma religião”. É verdade. Não tem quem não goste. Sempre que vou a um show em homenagem à banda ou mesmo shows de artistas que regravaram Legião, tudo que os cantores precisam fazer é cantar a primeira frase, daí em diante o coro da plateia continua sempre feliz, inflamado, apaixonado.

Por isso o filme é uma delícia, conhecemos todas as músicas e podemos cantar junto. Além disso, a todo momento identificamos inspirações para as amadas letras, que são o ponto alto da banda. Outro fator importante é que o filme acaba quando eles fecham contrato para o primeiro grande show no Circo Voador, achei perfeito, pois daí em diante todo mundo sabe o que aconteceu, o quanto grande eles se tornaram (até hoje) e porque eles acabaram.

Numa primeira análise fui um pouco cruel com Thiago Mendonça, achando ele meio marcado demais, mas depois o achei genial. Renato não é um cara fácil de interpretar, tudo nele é marcante: o gestual, a voz, o jeito de dançar, as estranhezas, a solidão, a genialidade, o voluntarismo, a bissexualidade... O ator conseguiu reunir tudo isso de forma à no final o acharmos a cara do cantor, quando somos surpreendidos pela imagem do próprio Renato em um show e só aí notamos que eles são tão diferentes.

Se é fã, não perca o filme.

PS: Outro destaque é Edu Moraes que encarna, por dois pequenos momentos, Herbert Viana, que também não é nada fácil. Há quem diga que ficou forçado, mas particularmente achei perfeito.

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