As imagens e estórias foram chegando e nos invadindo com tamanho sofrimento e perplexidade.
Aquelas cidades todas destruídas, as vidas esfaceladas. São filhos sem pais e pais sem filhos, maridos sem esposas e esposas sem maridos, muitas mortes, todos órfãos. Cidades órfãs. Difícil de acreditar em tamanha destruição.
Aqui em casa, a cada jornal, a cada nova informação, a cada imagem que chega o choro é coletivo, mas chorar não ajuda, não melhora em nada a vida daquelas pessoas. Chorar sentados na sala com uma caneca grande de água gelada nas mãos, não é sensibilidade, é egoísmo. Então, começamos a separar roupas, lençóis e toalhas. Vamos comprar água, roupas íntimas e produtos de higiene. Vamos doar.
As cidades podem vir a ser reconstruídas, mas as vidas ficarão para sempre marcadas. E já que não podemos trazer uma vida de volta, vamos ajudar como podemos.
Portanto, doe. Doe tudo que tiver sobrando, tudo que você não usa há um ano, tudo que não cabe, nem nunca mais caberá, doe água, comida, produtos de limpeza, de higiene. Doe sangue. Doe seu tempo, carinho, atenção. Seja voluntário.
Procure os postos de doação, eles estão espalhados por toda parte.
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