sábado, 2 de abril de 2011

Pasma com o Japão

Pasma com a educação, a civilidade, o respeito, a rapidez das reconstruções, a seriedade do governo, a calma das pessoas, a confiança no governo e a certeza de que tudo vai dar certo.

Para uma brasileira tudo isso é surreal. Primeiro: assistir a uma fila totalmente organizada e pacífica esperando por um mantimento qualquer e água; Segundo: os relatos sinceros de fé no governo; Terceiro: saber que o governo dispunha de tantas informações necessárias para proteger as pessoas, informações estas rigorosamente seguidas pela disciplinada população.

Eu perguntei a minha amiga japonesa pelos pais dela que moram em Tóquio e ela, para minha surpresa, se limitou a dizer sem a menor preocupação ou ansiedade na voz: Estão bem, obrigada. Ela não só acredita, ela SABE que tudo vai ficar bem.

Fico imaginando o que aconteceria se por ventura (batendo três vezes na madeira) acontecesse algo semelhante em Angra dos Reis. Deus nos livre! Ia ser uma tragédia sem fim. E nós desde o início saberíamos disso. Estaríamos preocupados, pensando em ajudar, mas teríamos que arrumar um jeito de mandar mantimentos e água sem que estes fossem desviados. Saberíamos, com certeza, que uma verba enorme seria disposta pelos governos para que tudo fosse resolvido, porém ninguém nunca mais ouviria falar nesse dinheiro, ele desapareceria como num passe de mágica, enquanto a população ficaria na mesma, em abrigos improvisados, sem informação nem roupa ou comida, exposta a radioatividade... Muitas pessoas iriam ficar em áreas de risco por não ter para onde ir e por ter medo de saques. Os saques aconteceriam, assim como a violência. Nós já vimos esse filme muitas vezes.

Então, a cada informação que chega, mas surpresa eu fico. Existe um primeiro mundo, que poderia ser perfeito não fossem os terremotos. O Japão é um exemplo de povo, digno de aplausos do mundo inteiro.
Parabéns aos japoneses.

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